Comércio Editorial

Canadá espera grande negócio com liberação da maconha hoje

Peter Aceto, CEO da empresa Canntrust, em produção em Fenwick, Ontário

A partir de hoje o Canadá passa a ser o maior país do mundo a permitir o uso recreativo da maconha. A expectativa das empresas é grande. Companhias do setor dobraram de tamanho em meses e hoje valem mais de US$ 10 bilhões.

Das seis empresas de maconha mais atraentes para investidores hoje, cinco são canadenses. É o caso da Aurora Cannabis e da Canopy Growth. O valor de mercado da Aurora passou de US$ 5,5 bilhões em fevereiro para US$ 13,3 bilhões. A Canopy foi de US$ 5,7 para US$ 15,8 bilhões. O valor das empresas do setor supera o de companhias de tradicionais como a Bombardier, fabricante de aviões comerciais, que vale US$ 9,7 bilhões.

Pioneira no mercado de uso medicinal, a Organigram dobrou o número de empregados em seis meses e viu a produção crescer de 6.000 quilos por ano para 36.000 quilos/ano. “Hoje temos 450 funcionários, um número antes impensável”, afirma Greg Engel, CEO da empresa. “Até setembro do ano que vem, esperamos chegar à marca de 130.000 quilos/ano.”

Nigel Wodrich, economista do Parliamentary Budget Office (PBO) do Parlamento canadense, afirma que o total consumido pelos canadenses neste ano deverá ser de 655 toneladas. Até 2021, a expectativa é que chegue a 734 toneladas.

Autor do estudo “Legalized Cannabis: Fiscal Considerations”, Wodrich afirma que as vendas no mercado de canábis devem movimentar entre US$ 3,2 bilhões e US$ 4,7 bilhões neste ano. Outros estudos estimam que esse número chegue a US$ 6,7 bilhões em dois anos.

Se contabilizado o mercado auxiliar, com produtos como vaporizadores, gastos com segurança e ganhos com turismo, o setor pode movimentar US$ 22,6 bilhões, segundo estudo da Deloitte Canada.

De olho no que pode vir a ser um setor global de trilhões de dólares, executivos também se arriscam no novo mercado. Peter Aceto, que trabalhou 21 anos no setor bancário, deixou uma unidade do Scotiabank há 18 meses para ser CEO da CannTrust. “Nem sempre surgem oportunidades como essa na vida”, disse à Bloomberg. “Prevejo que estarei nesta indústria por muito, muito tempo.”

A legalização da maconha era uma promessa de campanha do premiê canadense, Justin Trudeau. A lei permite que maiores de 18 anos portem 30 gramas de maconha. Quem infringir a lei, está sujeito a pena de 14 anos de prisão.

O modelo no Canadá é diferentes dos da Holanda e do Uruguai. A Holanda permite que residentes e turistas comprem maconha em cafeterias, mas proíbe o cultivo para consumo próprio. O Uruguai permite esse cultivo, mas tem um controle maior do Estado, que limita empresas autorizadas a produzir.

Também difere dos Estados Unidos, onde não existe lei federal que legaliza o uso recreativo da maconha e alguns Estados permitem o uso medicinal ou recreativo para maiores de 21 anos.

No Canadá, as empresas precisam de uma licença do governo federal para produzir. Cada Província (Estado) regulamenta a distribuição local. Segundo a Associated Press, ao menos 109 lojas de maconha começam a funcionar no país de 37 milhões de habitantes.

Há dois modelos de taxação sobre maconha no Canadá. Em um deles o produtor tem de pagar 10% sobre o valor vendido no atacado. No outro, será cobrado 1 dólar canadense por cada grama vendida. A legislação canadense determina que vigore o modelo que gerar mais impostos. Sem taxas, o preço médio do grama de maconha é estimado em 7,50 dólares canadenses.

Do total arrecadado, três quartos vão para o governo da Província (Estado) onde é feita a produção e um quarto para o governo federal.

O mercado de maconha no Canadá está apenas começando, afirma Engel. Por ora, serão comercializados dois produtos: flor seca e o óleo. Mas a partir do ano que vem, lembra, as empresas estarão autorizadas a vender novos produtos, como bebidas.

“Se olharmos as estatísticas de Estados americanos como Colorado e Oregon, vemos que a venda desses produtos representa 50% do total comercializado no mercado de maconha. Podemos chegar a isso dentro de três ou quatro anos.”

Nigel Wodrich, economista do Parliamentary Budget Office (PBO) do Parlamento canadense, afirma que o total consumido pelos canadenses neste ano deverá ser de 655 toneladas. Até 2021, a expectativa é que chegue a 734 toneladas.

Autor do estudo “Legalized Cannabis: Fiscal Considerations”, Wodrich afirma que as vendas no mercado de cânabis devem movimentar entre US$ 3,2 bilhões e US$ 4,7 bilhões neste ano. Outros estudos estimam que esse número chegue a US$ 6,7 bilhões em dois anos.

Se contabilizado o mercado auxiliar, com produtos como vaporizadores, gastos com segurança e ganhos com turismo, o setor pode movimentar US$ 22,6 bilhões, segundo estudo da Deloitte Canada.

De olho no que pode vir a ser um setor global de trilhões de dólares, executivos também se arriscam no novo mercado. Peter Aceto, que trabalhou 21 anos no setor bancário, deixou uma unidade do Scotiabank há 18 meses para ser CEO da CannTrust. “Nem sempre surgem oportunidades como essa na vida”, disse à Bloomberg. “Prevejo que estarei nesta indústria por muito, muito tempo.”

A legalização da maconha era uma promessa de campanha do premiê canadense, Justin Trudeau. A lei permite que maiores de 18 anos portem 30 gramas de maconha. Quem infringir a lei, está sujeito a pena de 14 anos de prisão.

O modelo no Canadá é diferentes dos da Holanda e do Uruguai. A Holanda permite que residentes e turistas comprem maconha em cafeterias, mas proíbe o cultivo para consumo próprio. O Uruguai permite esse cultivo, mas tem um controle maior do Estado, que limita empresas autorizadas a produzir.

Também difere dos Estados Unidos, onde não existe lei federal que legaliza o uso recreativo da maconha e alguns Estados permitem o uso medicinal ou recreativo para maiores de 21 anos.

No Canadá, as empresas precisam de uma licença do governo federal para produzir. Cada Província (Estado) regulamenta a distribuição local. Segundo a Associated Press, ao menos 109 lojas de maconha começam a funcionar no país de 37 milhões de habitantes.

Há dois modelos de taxação sobre maconha no Canadá. Em um deles o produtor tem de pagar 10% sobre o valor vendido no atacado. No outro, será cobrado 1 dólar canadense por cada grama vendida. A legislação canadense determina que vigore o modelo que gerar mais impostos. Sem taxas, o preço médio do grama de maconha é estimado em 7,50 dólares canadenses.

Do total arrecadado, três quartos vão para o governo da Província (Estado) onde é feita a produção e um quarto para o governo federal.

O mercado de maconha no Canadá está apenas começando, afirma Engel. Por ora, serão comercializados dois produtos: flor seca e o óleo. Mas a partir do ano que vem, lembra, as empresas estarão autorizadas a vender novos produtos, como bebidas.

“Se olharmos as estatísticas de Estados americanos como Colorado e Oregon, vemos que a venda desses produtos representa 50% do total comercializado no mercado de maconha. Podemos chegar a isso dentro de três ou quatro anos.”

Fonte: Valor

Sobre o autor

Wagner Marcelo

Atua profissionalmente como arquiteto de inovação, gerando e fomentando ecossistemas empreendedores e tecnológicos, tendo como missão o desenvolvimento de negócios disruptivos.

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