Editorial TIC's

Aplicativos de entretenimento são os mais baixados por brasileiros

Levantamento da BigData Corp., encomendado pelo PayPal, confirma que apps no Brasil têm de ser gratuitos. Do total de downloads realizados, somente 0,12% são de aplicativos pagos

O brasileiro tem um modo peculiar e específico de se relacionar com os aplicativos de celular à sua disposição na internet. Os campeões de preferência são os de Entretenimento (8,5%), Educação (8,43%), Estilo de Vida (6,51%) e Música e Áudio (6,33%). Desta lista, todos têm uma característica em comum: são gratuitos. Apenas 0,12% dos apps baixados no País são pagos. Estas e outras conclusões estão no levantamento da BigData Corp., encomendado pelo PayPal Brasil.

Esse quadro se dá em um momento no qual praticamente se universalizou o uso de celular e smartphone na sociedade. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que, em 2016, em 92,3% dos domicílios havia pelo menos um morador com aparelho celular e/ou smartphone.

O número de smartphones em uso no Brasil bateu os 200 milhões em 2017, segundo dados da FGV-SP. E deve atingir 236 milhões em 2018. Nada mais lógico, portanto, que o mercado de apps também cresça, na esteira do sucesso do universo mobile.

Confira o resultado do levantamento, feito em outubro do ano passado:

Novidades

• Segundo o levantamento da BigData Corp., menos de dez por cento (9,13%) dos apps têm mais de 100 mil downloads. Isso significa que a maioria é usada por “tribos” relativamente pequenas de usuários, que se identificam com temas específicos, compondo nichos de mercado. O fenômeno está em linha com a tese de “long tail”, ou cauda longa, de Chris Anderson, autor do livro A Cauda Longa: Do Mercado de Massa para o Mercado de Nicho. Nela, o autor explica por que os produtos com baixa demanda na web podem compor, em seu conjunto, um volume de vendas expressivo, muito maior do que a comercialização dos itens campeões de venda.

• Entre os downloads efetivamente realizados em 2017, apenas 0,12% são de aplicativos pagos. Faz todo o sentido, portanto, que somente 5,43% dos apps disponíveis (independentemente da quantidade de downloads) na web sejam pagos. Todo o restante (94,57%) é gratuito. A tendência não é nova. No ano passado, o índice de apps gratuitos já era de 90,98%.

Sobre o autor

Wagner Marcelo

Atua profissionalmente como arquiteto de inovação, gerando e fomentando ecossistemas empreendedores e tecnológicos, tendo como missão o desenvolvimento de negócios disruptivos.

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