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Oi lança Oito, novo centro de empreendedorismo, e abre edital para seleção de startups

Marco Schroeder, presidente da Oi, aponta a oportunidade de crescimento como uma das vantagens do Programa. - Marco Sobral / Marco Sobral
O programa busca soluções inovadoras em áreas como Internet das Coisas, Cidades Inteligentes e serviços de saúde.

Uma incubadora de empresas de tecnologia, uma aceleradora para startups e ampla rede de parceiros para quem estiver pronto para alçar voo: esse é o Oito, novo projeto da Oi. Com sede localizada no Posto 8 de Ipanema, o espaço, que vai abrir as portas no fim do ano, mistura coworking, laboratório de testes e área para eventos. A proposta é facilitar a troca de experiências e trazer para perto propostas criativas capazes de desenvolver soluções inovadoras. O Programa de Incubação de Startups já está recebendo inscrições a partir do site www.oito.net.br e prevê aporte de até R$ 150 mil para cada projeto selecionado, além do acesso à infraestrutura da Oi.

O nome não foi escolhido à toa. A simbologia do infinito e a ideia de conexão representam bem a iniciativa, que explora a diversidade. Três frentes compõem o Oito: uma incubadora, em que a Oi entra como sócia do negócio; uma aceleradora, onde a empresa não entra como sócia, mas como subsidiária; e um laboratório de inovação, com uma plataforma para testes e homologação de projetos na área de Internet das Coisas. Além dessa área, a seleção das startups vai priorizar projetos relacionados a Cidades Inteligentes, serviços de saúde, serviços educacionais, mobile advertising e soluções de eficiência e produtividade.

O Oito vai abrigar também iniciativas ligadas a negócios sociais que serão selecionadas pelo laboratório de inovação social Labora, do Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi. O instituto dará outra contribuição ao Oito, na forma de curadoria para atividades culturais que serão realizadas no espaço.

– Procuramos gente boa e criativa, disposta a criar soluções que contribuam para a companhia. A inovação é o catalisador para a transformação nos negócios, e queremos fazer com que ela cresça em escala – explica Carlos Brandão, diretor administrativo e financeiro da Oi.

O diretor administrativo e financeiro Carlos Brandão explica os detalhes da iniciativa. – Marco Sobral / Marco Sobral

Inovação e desenvolvimento sustentável

O evento de lançamento do Oito, realizado no último dia 24, contou com a presença de expoentes da economia criativa. Entre eles, Vinícius de Paula Machado, sócio fundador da Carioteca, uma empresa facilitadora do comportamento colaborativo, e cofundador da GOMA, uma associação composta por 100 empreendedores e 35 empresas que se uniram para estimular a economia colaborativa, inovação social e design sustentável na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Para ele, a cidade só tem a ganhar com iniciativas desse tipo.

– Hoje o Rio tem mais de 25 incubadoras de empresas e 56 espaços de coworking. Esses ambientes são responsáveis por uma verdadeira agenda de inovação autoral e autêntica que auxilia no desenvolvimento econômico sustentável da cidade. É importante que essa atmosfera de liberdade criativa chegue também às grandes empresas, que criam silos de inovação, áreas internas que fogem da estrutura tradicional – defende.

A decisão da companhia de fazer um investimento direto em startups é resultado da experiência acumulada com programas de inovação desenvolvidos nos últimos anos, mas também de uma avaliação do mercado. Segundo a Oi, há demanda por um projeto como o Oito no Rio de Janeiro, que tem vocação para a economia criativa. Para quem quiser se inscrever, o edital está disponível no site www.oito.net.br até 15 de outubro.

– O empreendedor tem espírito transgressor, a alma inquieta. Isso é muito valioso para a Oi que, como qualquer grande empresa, tem uma série de questões para solucionar. Além disso, empreendedores são também resolvedores de problemas, e oxigenam a estrutura de uma corporação. Essa troca é muito rica – defendeu Guilherme Pacheco, fundador do site Bondfaro, em apresentação no evento de lançamento do Oito.

As soluções e produtos desenvolvidos no Oito terão o suporte da área de inovação da Oi para serem testados e potencialmente adotados pela companhia. A ideia é utilizá-los internamente, mas também como parte do portfólio de soluções da empresa oferecido ao mercado, diz Marco Shroeder, presidente da Oi.

– Já temos uma ampla rede de empresas que nos ajudam com soluções todos os dias. Queremos ampliar essa rede com parcerias onde todo mundo sairá ganhando. Lançamos o edital com o objetivo de trazer mais gente para crescer conosco – explica Schroeder.

Parceria com multinacionais, instituições e centros de pesquisa

O Programa de Incubação do Oito será financiado pela Oi e desenvolvido em parceria com o Instituto Gênesis, voltado para o empreendedorismo dentro da PUC-Rio. O processo seletivo contará com um período de pré-incubação de 30 dias com 18 startups selecionadas por uma banca composta por executivos da Oi e parceiros. As seis melhores passam para o processo de incubação propriamente dito, com duração de 12 meses.

Além dos projetos selecionados por meio do Programa de Incubação, o Oito também terá espaço para empresas residentes, que dividirão o espaço de coworking com as incubadas. Serão startups mais maduras, que vão se beneficiar da rede de parceiros do projeto, que inclui Nokia, IBM, Amazon Web Services, CPqD, Oracle, Senai, Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), escritório Montaury Pimenta, Machado & Vieira Mello, Oi Futuro e Yunus Negócios Sociais Brasil. Essa troca de experiência entre empresas jovens e maduras é fundamental para a criação, como defende Fiamma Zarife, diretora-geral do Twitter Brasil e uma das participantes do evento de lançamento.

– Acredito na inovação pelo compartilhamento, pelo coletivo. Unir diferentes experiências e habilidades gera uma tensão criativa que costuma dar excelentes resultados. Empresas diferentes podem criar coisas juntas, e é muito produtivo trabalhar em um ambiente assim, além de otimizar custos e tempo. Esse é o tipo de ambiente que acelera a inovação.

Fonte: O Globo

Sobre o autor

Wagner Marcelo

Atua profissionalmente como arquiteto de inovação, gerando e fomentando ecossistemas empreendedores e tecnológicos, tendo como missão o desenvolvimento de negócios disruptivos.

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