Agronegócio Editorial

Jacto anuncia construção de nova fábrica de 96 mil m2 em Pompeia

A Jacto, indústria de máquinas agrícolas brasileira, anunciou a construção de uma segunda fábrica no município de Pompéia (SP), com 96 mil metros quadrados entre linhas de produção e escritórios.

A Jacto atual tem 39,3 mil metros quadrados apenas de área fabril.

O valor do investimento não foi divulgado.

A Jacto é a maior empresa da Pompéia, que tem cerca de 22 mil habitantes e fica na região de Marília.

Com a expansão, a Jacto pretende atender à demanda crescente tanto por produtos que vinha sendo comercializados há anos como pelos recém-lançados em 2020, segundo nota da empresa.

A nova fábrica, com previsão de inauguração para 2023, será erguida com tecnologias e instalações do conceito indústria 4.0, incluindo sistema automatizado de pintura e armazenagem, movimentação de materiais por veículos autônomos e um centro avançado de treinamentos.

O respectivo projeto segue conceitos de sustentabilidade, como reutilização de água, manufatura sem papel e painéis solares para autossuficiência em energia.

Fernando Gonçalves, presidente da Jacto, disse que o projeto faz parte de um conjunto de ações que tem como principal objetivo oferecer excelência na experiência do agricultor. “Lançamos uma nova linha de produtos em agosto do ano passado com três modelos de plantadeiras, uma colhedora de cana-de-açúcar e um pulverizador autônomo. Agora, estamos dando mais um grande passo, investindo em uma fábrica moderna para sustentar o crescimento previsto para os próximos anos”, comenta.

O presidente do conselho de administração do grupo e também representante da terceira geração da família fundadora da companhia, Ricardo Nishimura, disse que a nova fábrica dará base para a evolução de tecnologias e junto com nossos valores e filosofia empresarial, será o alicerce para o nosso propósito rumo aos 100 anos com o mesmo espírito inovador e resiliência que nos trouxeram até aqui, mantendo renovada nossa visão otimista e mais sustentável do futuro”, comenta. “O agronegócio brasileiro continuará avançando e ganhará cada vez mais relevância na produção global de alimentos e na formação do PIB nacional”, acrescenta Ricardo Nishimura.

Com a nova planta, a empresa fortalece ainda mais o seu propósito de servir ao agricultor com as melhores soluções, entregando equipamentos de qualidade, alto nível tecnológico, para atender as demandas atuais e futuras dos produtores no Brasil e no exterior.

A empresa foi fundada em 1948 pelo japonês Shunji Nishimura, que colocou no mercado a primeira polvilhadeira nacional de defensivos que podia ser carregada nas costas (as importadas eram carregadas na frente) e tinha um mecanismo de distribuição do pó com alavanca de duplo movimento, para cima e para baixo.
Hoje, a Jacto produz soluções para pulverização, adubação, plantio, colheita de café, colheita de cana-de-açúcar, equipamentos portáteis manuais e a bateria, além de produtos e sistemas para agricultura de precisão.

A empresa exporta seus produtos para mais de 100 países, com destaque para a África, Leste Europeu e mercados da América do Sul. Tem fábricas também na Argentina e Tailândia e escritórios comerciais nos Estados Unidos e México.
As exportações representam cerca de 25% da receita.

Sem feiras agrícolas e com a pandemia, a Jacto fechou o ano de 2020 com um faturamento 20% superior ao do ano de 2019, quando a receita líquida foi de R$1,597 bilhão.

Para Gonçalves, o aumento se explica por uma “conjunção de astros”, que inclui a maior rentabilidade do produtor no ano, câmbio favorável às exportações e os lançamentos de produtos. “Neste ano, nossa expectativa é crescer pelo menos 10%, mantendo estratégias de trazer inovações para o agricultor”, comenta.

No ano passado, Gonçalves Neto disse que a companhia pretendia duplicar seu faturamento de 2019, de R$1,650 bilhão, nos próximos três anos. Há a expectativa também de que o peso das exportações no negócio cresça de 25% para cerca de 35% e de que a empresa ganhe participação no mercado brasileiro, subindo de 5% a 8%, sobre sua fatia atual, não revelada.

Fontes: Globo Rural, Época negócios, Portal do Agro, Isto é dinheiro

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