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Com dívida e ameaçada de perder 30% de frota, Avianca pede recuperação judicial

A companhia aérea Avianca entrou com pedido de recuperação judicial na Vara de Falências de São Paulo, conforme antecipou a Coluna do Broadcast nesta manhã de terça-feira, 11. No pedido, em que as requerentes são a Oceanair e a AVB Holdings, cita R$ 50 milhões como o valor da causa, enquanto a lista de credores contabiliza quase R$ 500 milhões em dívidas. A Avianca faz parte da Star Alliance, que compartilha serviços aéreos entre diversas companhias no mundo todo.

A Avianca afirma que uma nova lista de credores deve ser apresentada em cinco dias. Fontes do mercado comentam que o valor pode subir, dado que alguns credores estão fora da lista apresentada nesta terça pela companhia. O pedido de recuperação judicial já estava na Justiça paulista desde o início do dia, mas sob sigilo, ou seja, não era possível ter acesso ao seu conteúdo.

Na petição inicial de recuperação judicial, que ficou disponível durante a tarde, a Avianca cita a crise econômica, as variações cambiais e o preço dos combustíveis de aviação como os motivos que levaram a empresa à situação de fragilidade financeira. A Avianca diz ainda que está sofrendo ameaças de paralisação de suas atividades, diante do ajuizamento de dois pedidos de reintegração de posse de aeronaves pela Boc Aviation, da Irlanda, e da Infinity Transportation, e pela Constitution Aircraft Leasing, também Irlandesa. As três ações, diz a Avianca, representam 30% de sua frota, ou o equivalente a 14 aeronaves. Os pedidos de reintegração podem levar a Anac a exigir que a Avianca cesse emissão de passagens.

A Avianca afirma que uma nova lista de credores deve ser apresentada em cinco dias. Fontes do mercado comentam que o valor pode subir, dado que alguns credores estão fora da lista apresentada nesta terça pela companhia. O pedido de recuperação judicial já estava na Justiça paulista desde o início do dia, mas sob sigilo, ou seja, não era possível ter acesso ao seu conteúdo.

Por outro lado, a Avianca diz no documento que o deferimento do pedido de recuperação judicial tem capacidade de manter suas atividades e pede, em caráter de urgência e cautelarmente, que a companhia não seja privada das aeronaves, tampouco dos recebíveis cedidos aos bancos e ainda pela manutenção dos contratos, do acesso aos serviços dos aeroportos e pelo não vencimento antecipado de debêntures.

Fonte: Isto é dinheiro

Sobre o autor

Wagner Marcelo

Atua profissionalmente como arquiteto de inovação, gerando e fomentando ecossistemas empreendedores e tecnológicos, tendo como missão o desenvolvimento de negócios disruptivos.

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