Comércio Editorial

Fnac fecha as portas na Avenida Paulista; só resta uma loja no Brasil

Fnac da Avenida Paulista é a penúltima a fechar as portas no Brasil (Foto: Amanda Perobelli/Estadão)
A Fnac Pinheiros fechou em junho; nos últimos dias, a Livraria Cultura, que comprou, há pouco mais de um ano, as operações da rede francesa no Brasil, fechou, também, as lojas do Shopping Morumbi, de Campinas, Curitiba e Brasília

Há 14 meses, a Livraria Cultura anunciou que havia adquirido as operações da rede francesa de livrarias Fnac no Brasil – um movimento que causou estranheza, num primeiro momento, para o mercado editorial, já que a própria Cultura vinha enfrentando uma séria crise financeira – uma crise que está longe de ter fim. Se devia dinheiro para seus fornecedores, como poderia fazer um negócio como esse, questionavam profissionais do setor.

À época, a Fnac tinha 12 lojas em 7 estados.

Na realidade, a Cultura comprou a operação da Fnac, mas acabou recebendo dinheiro da empresa francesa para renegociar passivos – e retomar a rentabilidade das lojas ou então acabar de vez com a presença da empresa no País. A segunda alternativa foi ficando evidente com o fechamento em cadeia das lojas da Fnac iniciado há alguns meses – a Fnac Pinheiros, sua primeira no Brasil, fechou em junho – e intensificado nos últimos dias com o encerramento das unidades do Shopping Morumbi, Campinas, Curitiba e Brasília.

No domingo, 16, quem passou pelo número 901 da Avenida Paulista viu as portas da loja fechada e o aviso de que a livraria continuava atendendo pelo seu site.

Com essa notícia, a Fnac está a um passo de sair de vez do Brasil. Agora só resta a loja do Shopping Flamboyant, em Goiânia – e não se sabe até quando.

Procurada para comentar o fechamento da loja da Paulista, o futuro da de Goiânia e seu próprio futuro, a Cultura respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que “não comentará nem divulgará dados das suas operações”. Disse ainda: “A Livraria Cultura segue o seu planejamento estratégico para os próximos anos: manter unidades com boa performance, procurando sempre melhorar a experiência do cliente em loja, e reforçar a presença em e-commerce”.

Fonte: Estadão

Sobre o autor

Wagner Marcelo

Atua profissionalmente como arquiteto de inovação, gerando e fomentando ecossistemas empreendedores e tecnológicos, tendo como missão o desenvolvimento de negócios disruptivos.

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