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Paraguai é o primeiro destino internacional da Casa do Construtor

Franquia de locação de equipamentos inaugura unidade em Assunção. Perspectiva é chegar a seis unidades por lá até 2022, além de entrar em outros países do Mercosul

Após quase oito anos de planejamento, a Casa do Construtor, rede de franquias de locação de equipamentos para a construção civil, inicia a trajetória de internacionalização da marca do outro lado da fronteira, ao inaugurar a primeira unidade franqueada no Paraguai.

Localizada na região metropolitana de Assunção, a capital paraguaia, a nova loja da “Casa Del Constructor”, comandada pelo jovem franqueado Gino Villalba, de 23 anos, faz parte do plano de expansão da marca no país, que prevê abrir 6 unidades até 2022.

“Nossa intenção é profissionalizar um mercado ainda inexplorado”, diz o sócio-fundador Altino Christofoletti Jr., também presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Além de ser iniciante nessa modalidade de serviço, segundo o empresário, a cidade foi escolhida por não praticar ainda o uso sustentável dos aparelhos destinados a obras de pequeno e médio porte.

A próxima unidade paraguaia, em Ciudad del Este, próxima à fronteira com Foz do Iguaçú, já está em fase de desenvolvimento e tem previsão de abertura no primeiro semestre de 2019.

Mesmo sendo um piloto na trajetória de internacionalização, os planos de expansão da Casa do Construtor no Paraguai são ambiciosos, e preveem a abertura total de 25 unidades em cinco anos.

O plano, de acordo com Christofoletti Jr., é espalhar parte dessas unidades em cidades menores, com 40 mil a 50 mil habitantes, explorando um novo modelo também com formato reduzido -o store-in-store.

O modelo, que permite implantar unidades franqueadas de locação de equipamentos dentro de depósitos de material de construção, começa a ser disseminado pela Casa do Construtor aqui no Brasil. E deve transformar esse tipo de varejo em um negócio único, segundo o empresário.

“Será uma forma de agregar algo a mais para os pequenos empreendedores que já estão no mercado local”, afirma.

ALTINO E VILALLBA: PROFISSIONALIZAÇÃO

DO OUTRO LADO DA PONTE

A Casa do Construtor, segundo o empresário, não sofreu os reveses do mercado brasileiro de construção civil, que encolheu 20,5% nos últimos quatro anos.

“Mantivemos o mesmo faturamento nos últimos três anos, e crescemos 15% só no primeiro semestre por focarmos principalmente o varejo e obras de pequeno porte”, afirma.

Ainda assim, que a internacionalização abriu novos horizontes para a rede.

Testar modelos diferentes, preparar o time para adversidades e aumentar a capilaridade foram alguns deles, segundo o sócio-fundador da Casa do Construtor.

“O foco não é só melhorar faturamento, mas colocar o produto em outro país e aumentar o poder de compra da rede como um todo”, diz.

A estreia internacional no Paraguai, segundo ele, se deu após visitas a vários países, incluindo Portugal e China, entre outros, para saber se o modelo de negócio da rede tinha aderência.

“Percebemos que o Paraguai era um grande mercado para pavimentar essa estrada”, afirma.

A rede investiu US$ 300 mil no processo (incluindo treinamentos, tradução de manuais, obras e equipamentos), que levou um ano para ser concluído.

Uma escolha, a princípio, certeira: afinal, o país vizinho, que simplificou os impostos e criou a “Lei Maquila” (que oferece incentivos tributários a empreendimentos industriais que se instalarem por lá), ainda tem muito a se desenvolver em termos de infraestrutura.

Por conta disso, o setor de construção civil paraguaio cresce, em média, 18% ao ano, e é uma espécie de mina de ouro em um mercado de consumo que ainda está longe de se equiparar ao brasileiro.

“Lá, o custo da construção é mais barato que no Nordeste”, diz Christofoletti Jr., ao citar que aquele país é o segundo destino mais procurado por empresas brasileiras que querem se internacionalizar, atrás apenas dos Estados Unidos.

Com 25 anos de atividades, a Casa do Construtor, uma rede nascida em Rio Claro, no interior paulista, opera 250 unidades no Brasil, faturou R$ 200 milhões em 2017 e planeja continuar o processo de internacionalização nos demais países do Mercosul nos próximos cinco anos.

Fonte: Diário do Comércio

Sobre o autor

Wagner Marcelo

Atua profissionalmente como arquiteto de inovação, gerando e fomentando ecossistemas empreendedores e tecnológicos, tendo como missão o desenvolvimento de negócios disruptivos.

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