A empresa brasileira de meios de pagamento PagSeguro Digital levantou 2,7 bilhões de dólares em sua oferta pública inicial de ações em Nova York, em meio ao aumento do otimismo do investidor com a recuperação econômica brasileira, afirmou uma pessoa com conhecimento direto do assunto, com isso, este IPO tem potencial de se tornar o maior em Wall Street desde que o Snap abriu capital em março de 2017.
A listagem é a maior por uma empresa brasileira desde abril de 2013, quando o Banco do Brasil SA listou sua unidade de seguros BB Seguridade Participações SA.
A PagSeguro precificou suas ações em 21,50 dólares, acima da faixa de preço estabelecida de 17,50 a 20,50 dólares, com a demanda chegando a cerca de 10 vezes o tamanho da oferta.
As ações vão estrear na Bolsa de Valores de Nova York na quarta-feira, sob o símbolo “PAGS”.
Goldman Sachs e Morgan Stanley atuaram como coordenadores globais da oferta. Também participaram da operação Bank of America Merrill Lynch, Credit Suisse, Deutsche Bank, J.P. Morgan, Bradesco BBI, e Itaú BBA.
A forte demanda permitiu aos coordenadores elevarem o tamanho da oferta em 35% por meio do exercício de opções que permitiram que a empresa e os acionistas vendessem ações adicionais, segundo a fonte.
O livro de ofertas contava com mais de 500 investidores e, segundo um interlocutor a par do assunto, a PagSeguro teria demanda suficiente para concluir seu IPO mesmo se contasse apenas com as ordens de compra feitas pelo varejo.
No prospecto, a PagSeguro citou que teve lucro líquido de 290,2 milhões de reais para os nove meses encerrados no final de setembro, valor três vezes acima do resultado positivo de um ano antes. Em 2016 como um todo, a PagSeguro teve lucro líquido de 127,8 milhões de reais, ante 35,5 milhões em 2015.
A companhia optou por abrir seu capital em Nova York, e não na B3, porque lá fora teria acesso a mais investidores que atuam no setor de meio de pagamentos e seria mais comparável com outras empresas desse mercado, segundo fontes que acompanharam o negócio. A expectativa é que a Stone, controlada pela Arpex Capital, siga o mesmo caminho em seu possível IPO.
Fonte: Época negócios, Infomoney, Exame, Forbes, Valor
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