O desamparo ao setor da Cannabis torna-se a engrenagem ideal para a corrupção no Brasil. E o que faz um país ter uma maior honestidade e transparência em sua relação com seus cidadãos?
Talvez, o mais evidente é que o Estado, representado por Governos, assuma uma postura de responsabilidades e desafios, sempre na busca por resoluções para problemas de ordens complexas. Executar políticas públicas pela Cannabis é um desses problemas.
Em 2022, ano eleitoral majoritário, essa é a situação da Cannabis no Brasil. Os poderes políticos, econômicos e sociais devem se mover agora, se realmente quiserem aproveitar os próximos 70 anos de abundância. Os candidatos e candidatas precisam deixar claros quem apoiam se quiserem conquistar votos de mães, pais, filhos, parentes, amigos de quem precisa ou quer trabalhar com Cannabis, legal.
O que é necessário se fazer para a Cannabis entrar na Economia, na legalidade?
Não tenho certezas, e duvido que alguém as tenha. O que podemos fazer, então, é criar hipóteses e refletirmos sobre caminhos. Estamos falando aqui de problemas de ordem econômica nacional, no bloco das Américas e global. E existe, sim, uma forma de demonstrar boa vontade, dando a atenção imediata às instituições frágeis, tais como são as associações de pacientes, PMEs e profissionais.
Podemos estimulá-las por meio das universidades, produtoras de pesquisas e produtos para vida e sustentabilidade. Cremos e trabalhamos para criar no Brasil uma atmosfera ideal para termos regulações adequadas ao conjunto da economia e das necessidades sociais.
Na visão das empresas e profissionais técnicos, lideranças de diversos setores e autoridades públicas que estão associadas à ABICANN, acreditamos que em meio a esse grande emaranhado de realidades o melhor caminho, até 2030, sejam necessárias serem lançadas às agências reguladoras e pastas, propostas regulatórias com discussões amplas.
Analisando os interesses e necessidades gerais de nosso Brasil, provocamos o Estado para se tornar o incentivador de uma ambiente adequado e menos hostil, para não asfixiar uma possível economia social que se desenha um tema que estimamos impactar positivamente os interesse de quase 80% da população brasileira, quando o tema é Cannabis e seus benefícios.
E benefícios para o Estado, que localizou uma nova fonte de arrecadação de impostos e taxas. Benefícios, ainda, para setores sociais, econômicos e políticos a formalização dos mercados da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial no Brasil. Essa visão orienta um mercado justo e ético, e que tende a evitar as relações formais pouco constituídas. Estamos em um cenário de País que ainda é apegado a pessoas, a personalidade. A pergunta que fica é: “Governo dos homens ou governo das Leis?” Respondo: queremos governo das leis!
Filosoficamente refletindo, o mundo civilizado vive no império das leis. Homens podem viver nos mercados, se perderem aqui e ali e tudo certo. A economia se autorregula, segundo a visão do liberalismo econômico de Adam Smith. Já, do ponto de vista de um país, para se ter uma sociedade organizada, o que faz ser mais ou menos corrupto, é ter um império de leis, como defendem analistas jurídicos e acadêmicos ouvidos por nós da ABICANN.
Que as pessoas vivam o mais possível dentro da lei. É isso que a ABICANN busca para os mercados da Cannabis Medicinal e Industrial, para os pacientes de saúde, em constante batalha pelo acesso real, que precisa ser massivo e que somente será permitido se houver uma abertura científica real e imediata em nosso País.
Ser a favor ou contra não gera ciência e, tampouco, resultados favoráveis às pessoas.
A desorganização só interessa a quem vive das misérias, onde poderá se tornar economia útil e ajudar o planeta a se regenerar, inclusive. Estamos falando em receber o retorno para o Brasil na ordem de US$ 30 bilhões por ano, a partir de 2030, se começarmos urgentemente a falarmos sério sobre Cannabis.
Queremos métodos regulatórios, que tenham poderes de regular um ao outro, maior transparência possível em um processo. É isso que faz um país ser menos corrupto do que outros. Isso não significa que as pessoas, em algum grau ou outro, não vão falhar, ou não terão a corrupção de caráter. No entanto, regulando a Cannabis e o Cânhamo, teremos recursos para investir nas forças produtivas do Brasil e seu maior capital: nós, brasileiros nascidos aqui ou que escolheram viver aqui.
Tenho uma proposta aos poderes: vamos elevar o nível das discussões, e tratarmos de uma economia sustentável ao País?
Fonte: Green Science Times
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