De acordo com consultoria, Economatica, o Mercado Livre, empresa argentina especializada em tecnologia para e-commerce e serviços financeiros se tornou a companhia mais valiosa da América Latina, ultrapassando nada mais, nada menos que a mineradora Vale, mostrando que, pelo menos por agora, o e-commerce está valendo mais que o minério.
A empresa argentina toma a frente da Vale, avaliada em (US$ 59,3 bilhões) e Petrobrás (US$ 57,3 bilhões), ultrapassando a cifra de US$ 60 bilhões em valor de mercado.
No início do ano, a Petrobrás era líder continental, em seguida, a Vale passou a assumir o topo da lista, que mantinha nos pregões até a última semana, porém, o ano de 2020, foi muito mais positivo para a empresa argentina, Mercado Livre, que dobrou de tamanho obtendo um papel relevante dentro do mercado, devido o grande avanço do comércio eletrônico que teve um aumento bem significativo de acordo com o respectivo período da pandemia.
Se para muitos o período foi desfavorável, como o caso da Petrobrás que sofreu uma forte desvalorização de 25% em suas ações, não somente pelos efeitos da pandemia, mas também, pelos impactos causados pelo conflito no setor do petróleo no início do ano entre Arábia Saudita e Rússia. Já, para o respectivo mercado do e-commerce, a mesma fase representou algo bem positivo, já que para muitos, esse passou a ser o meio de compra mais utilizado e que acabou vindo a modificar os hábitos de consumo da população, que mais do que nunca, necessitou de uma readaptação dentro desse novo cenário em que quase o mundo inteiro foi inserido.
Conseguindo se manter com suas ações dobrando de valor, o Mercado Livre, que tem suas ações listadas na bolsa americana de Nova York, em sua maior cotação histórica, alcança a liderança dentro do mercado de ações da América Latina. Seus papéis representam uma alta de 13% de janeiro para cá.
Stelleo Tolda, COO e vice-presidente executivo do Mercado Livre para a América Latina, afirmou:
“A pandemia motivou mudanças significativas no comportamento do consumidor, que se traduziram em um novo marco na penetração do comércio eletrônico e dos serviços financeiros digitais na América Latina. Continuamos a nos concentrar no bem-estar de nossas equipes e temos orgulho de informar que fomos capazes de fornecer nossos serviços de e-commerce e fintech de maneira ininterrupta ao longo do segundo trimestre, ajudando milhões de vendedores e compradores a realizar transações com segurança.”
O Brasil está representado por 14 empresas nacionais, entre as 20 empresas mais valiosas da América Latina. Entre elas:
Os bancos: Itaú, Bradesco, Santander Brasil, Banco do Brasil e BTG Pactual;
Entre os setores de bebida: Ambev;
Entre a indústria de motores: WEG;
Entre a bolsa de valores: B3;
Ainda do setor financeiro: XP Investimentos;
Além das varejistas: Magazine Luiza e B2W;
Operadora: Telefônica Brasil.
Conforme está no ranking abaixo, a empresa argentina (originalmente) Mercado Libre é a única representando o seu país, também temos representando as companhias mexicanas: a varejista Walt Mart de Mexico, a operadora America Movil, o grupo minerador GMexico e a indústria de bebidas FEMSA e, completando o ranking, temos a presença da companhia petroleira colombiana Ecopetrol.
Confira o ranking abaixo:
Apesar de haver sofrido uma queda severa durante a crise, representando 40% a menos do lucro líquido conjunto dos grandes bancos brasileiros no segundo trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2019, os 4 principais bancos nacionais ainda conseguiram se manter no ranking entre as maiores empresas da América Latina.
O Magazine Luiza e também o próprio Mercado Livre tiveram uma queda no primeiro trimestre do ano, porém, ambas registraram aumentos significativos em suas receitas após o decorrer desse período.
O Mercado Livre tratou de zelar de toda sua estrutura, incluindo cuidados com toda sua equipe onde mais de 90% dela na América Latina seguiram trabalhando em regime home office, com exceção das equipes de logística, porém essas, respeitando as mais criteriosas normas de prevenção e segurança em todos os campos de distribuição da companhia.
Cuidando tanto de seus funcionários quanto de todo o processo de estrutura inerente ao trabalho de e-commerce e até mesmo se solidarizando através de ações sociais, dando continuidade às campanhas de doação, ajudando ONGs e bancos de alimentos em alguns países da América Latina, incluindo o Brasil por meio da campanha “De mãos dadas ou não” e, também se destacando na facilitação do benefício da verba emergencial, concedido pelo governo federal, onde quase 6 milhões de pessoas puderam se beneficiar do serviço de transferência desse auxílio disponibilizado na conta do Mercado Pago, podendo ter acesso imediato a esses recursos.
Todas as ações acima citadas, entre outras, que a empresa buscou realizar, somado a todos os esforços feitos, a companhia obteve um proveito substancial em uma fase que para muitas empresas, representou uma queda muito brusca, para outras tantas, a própria falência, porém, o Mercado Livre conseguiu atingir o topo do ranking dentro da América Latina, levando aquilo que segundo o próprio Stelleo Tolda, COO e vice-presidente executivo do Mercado Livre, diz ser a missão da companhia:
“A missão do Mercado Livre é democratizar o comércio e o dinheiro. Mas no centro da missão, há um objetivo maior: uma tentativa de unir as pessoas. Com tantas empresas afetadas, temos a oportunidade única de conectar e colaborar com milhões de empreendedores latino-americanos. Nossa missão nunca foi tão relevante e nunca nos sentimos mais determinados a seguir adiante”.
Fontes: CNN Brasil, G1, Startupi, Infomoney, UOL
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