Descoberta de número primo com mais de 23 milhões de dígitos foi feita por engenheiro americano após 14 anos de trabalho.
Murilo Roncolato
Um engenheiro [eletricista] de 51 anos, morador de uma cidade de 40 mil habitantes no sudeste americano, fez uma descoberta científica marcante. Jonathan Pace passou os últimos 14 anos rodando um software em seu computador com um único objetivo: descobrir o maior número primo já catalogado por matemáticos. No dia seguinte ao Natal de 2017, ele conseguiu.
Graças a Pace, sabe-se agora que o maior número primo conhecido tem mais de 23 milhões de dígitos (ou mais precisamente 23.249.425) – o antecessor foi descoberto em janeiro de 2016 e tinha 910 mil a menos que o atual. O número inteiro pode ser baixado (por meio desse arquivo de 11 MB), mas já adianto que ele começa assim: “4673331833”; e termina assim: “9762179071”.
Por definição, conhecida das aulas mais básicas de matemática, número primo é todo aquele que é apenas divisível por 1 ou por ele mesmo. Sendo assim, o início da lista de primos vai dessa forma: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59 etc. Números primos causam fascínio e intrigam matemáticos há milênios.
Essas distintas espécies da matemática são chamadas de “átomos da aritmética”, dada a descoberta de que todo número natural (inteiro e não negativo) existente, exceto o 1, pode ser escrito igualmente de uma forma única por meio da multiplicação de números primos. Assim, o número 210 também poderia apresentado como “2 x 3 x 5 x 7”.
O autor dessa descoberta (que resultou no chamado Teorema Fundamental da Aritmética) é bem mais antigo e conhecido que o americano Jonathan Pace. Trata-se do grego Euclides, nascido no século 3 antes de Cristo. Ele também é o responsável pela atual corrida de matemáticos e demais entusiastas pela busca do maior número primo. Isso porque foi Euclides que, através de um teorema que leva seu nome, concluiu que números primos são infinitos.
Link para matéria completa: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/01/08/O-mais-novo-e-maior-n%C3%BAmero-primo-descoberto.-E-por-que-ele-%C3%A9-importante
Fontes: Nexo Jornal e Mersenne
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