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Amazon apresenta ‘táxi robô’ e prepara aplicativo para brigar com o Uber

No início deste ano, a Amazon anunciou a aquisição da startup norte-americana, Zoox por mais de US$ 1 bilhão e agora, com a visão para o futuro da mobilidade urbana, a empresa resolveu lançar seu primeiro veículo autônomo, porém, seguindo na contramão do que se considera “habitual”, uma vez que a maioria das empresas optam pelo desenvolvimento de veículos com um condutor, já a empresa, apostou em desenvolver um veículo sem nenhum condutor.

A subsidiária da Amazon, revelou oficialmente seu modelo de carro autônomo, representando um novo conceito de veículos sem motoristas criados para poder circular nas grandes cidades, após seis anos em desenvolvimento.

Apesar de compacto, tendo apenas 3,63 metros de comprimento, o robotáxi pode chegar a atingir velocidades de até 120 km/h.

O veículo é destinado principalmente a viagens curtas em ambientes urbanos, no entanto, também é capaz de dirigir em estradas a velocidades de até 120 km/h (75 milhas por hora).

O veículo não possui bagageira ou um capô dianteiro que abrigue um motor mecânico sofisticado, tendo um design semelhante a uma cabine, onde quatro passageiros sentam-se frente a frente, sendo um par de cada lado.

Os recursos dentro do Zoox robotáxi incluem almofadas e tapetes para carregamento de telefones sem fio, um painel sensível ao toque para controle de música, porta-copos, ar-condicionado e visualização da rota.

Ele foi projetado desde o início como um veículo de passageiros. Isso lhe deu vantagens sobre outras empresas que adaptaram os veículos existentes à tecnologia de direção autônoma.

O robotáxi é totalmente autônomo e elétrico, possui uma direção nas quatro rodas em que não há lado dianteiro ou traseiro, também não possuindo um volante.

Sua bateria é um pouco maior do que as encontradas em veículos da Tesla, com capacidade para 133 kWh. Ela promete até 16 horas de autonomia antes de necessitarem ser recarregadas, sendo assim, um único robôtáxi deve ser capaz de realizar o trabalho de um dia inteiro antes de precisar ser recarregado.

Segundo a startup, o Zoox possui o nível 5 de autonomia. Para isso, o veículo elétrico usa um sensor de 360 graus para detectar objetos em todas as direções em um raio de 150 metros, também há ainda um sistema complementar de câmeras e radares.

Assim como um carro comum, ele usa luzes de sinalização externas e avisos sonoros para indicar as ações no trânsito, dessa forma, o carro pode se comunicar com motoristas, ciclistas e pedestres.

A marca informa que o Zoox não será vendido para o público geral e sim apenas para empresas de transportes pelo fato de, desde seu início de projeto, já ter sido concebido com a proposta exata de atuar apenas como um robotáxi.

A Zoox afirma que o veículo tem mais de 100 inovações de segurança, incluindo um novo sistema de airbag e proteções equivalentes de cinco estrelas Euro NCAP para cada assento.

A câmera, o sensor LIDAR e o sistema de radar fornecem um campo de visão de 270 graus de todos os quatro cantos do robotáxi, basicamente elimina os pontos cegos.

Mais uma vez, quanto à segurança, ressalta-se que, o veículo integra airbags que formam um “casulo” em torno de cada passageiro, que disparam em caso de acidente. No entanto, a Zoox acredita que é improvável isso acontecer, dado os níveis de confiança que tem na sua tecnologia. Ainda assim, a empresa tem sempre a possibilidade de conduzir o veículo de forma remota e comunicar com os passageiros em tempo real.

De acordo com a empresa, sua característica permite que o veículo faça manobras em espaços apertados e mude sua direção sem precisar dar marcha a ré, algo que cairia bem em cidades mais densas.

Por dentro, o Zoox se distancia do visual futurístico mais frio e volta ao passado com assentos aconchegantes de tecido, que lembram uma carruagem. Neles, a fabricante escondeu os airbags.

A empresa já está produzindo seus primeiros exemplares do táxi autônomo em uma fábrica em Fremont, na Califórnia, que poderá levar às ruas até 15 mil unidades anualmente em sua capacidade máxima, segundo os executivos da Zoox.

Com o lançamento, a Amazon avança na disputa com a Alphabet, dona do Google, que apostou na startup Waymo para criar o seu táxi sem motorista. O projeto já está sendo testado em Phoenix, no Arizona.

A Cruise desenvolve tecnologia de carros autônomos para a General Motors e também já testa carros em São Francisco, mas usando veículos adaptados, como o Chevrolet Bolt.

Assim como é feito hoje com o Uber e com o Lyft, os passageiros irão utilizar um aplicativo para reservar o veículo que não terá um motorista humano.

“Estamos transformando a experiência do passageiro para fornecer mobilidade como um serviço superior para as cidades”, diz Aicha Evans, CEO da Zoox. “E porque vemos estatísticas alarmantes sobre emissões e acidentes rodoviários, é mais importante do que nunca construir uma solução sustentável e segura que permita ir de um ponto a outro da cidade”.

Evans reconheceu a possibilidade de trabalhar com a Amazon na entrega de pacotes no futuro. “Primeiro vamos mover as pessoas. É aqui que reside a questão. Esse é o maior benefício para a sociedade, as cidades e todas as pessoas envolvidas, ou seja, também para os clientes”, afirmou em uma entrevista com a Bloomberg TV. “Mas sim, admito que se conseguirmos movimentar pessoas, principalmente com essa pegada, em algum momento poderemos também movimentar pacotes”.

A empresa diz que as operações comerciais do robotáxi “começarão em breve” em São Francisco e Las Vegas, mas não forneceu um cronograma.

Evans disse que o lançamento comercial não será no próximo ano, mas não demorará, enquanto alguns especulam na imprensa e nos círculos da indústria. O preço não foi anunciado.

Zoox está competindo contra outros gigantes da tecnologia e startups na corrida para desenvolver veículos autônomos. Mas a aquisição da Zoox pela Amazon forneceu à empresa californiana apoio financeiro para continuar perseguindo sua visão de robótica, mesmo enquanto outras empresas lutavam para fazer tecnologia semelhante ao mercado.

Fontes de pesquisa: CNN Brasil, Isto é dinheiro, Terra, Futuro Promisso, Tecnoblog, Money Report, TecMundo

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