Despair, hangover and ecstasy? Estamos vivendo desta forma no mundo pós-contemporâneo, e com métricas irreais, se refletirmos. Gostaria da opinião de vocês, nessa situação.
Gosto muito de praticar economia compartilhada e utilizo um sistema de caronas, para viajar fora da capital paulista. No final de semana passado aconteceu um caso curioso, que eu achava ser apenas algo apenas de ficção científica. Mas já é uma realidade: há quem meça a própria vida por… estrelas em aplicativo de smartphone.
Por 1h20 um condutor desse aplicativo de caronas falou mal de passageiros que não davam nota “Excelente” para ele – ou seja, 5 estrelas no sistema de feedback. “Claro, ele tem problemas com rejeição”, dirão!
Mas não é só isso. Esse rapaz precisa ser aceito e manter-se na perfeição, pois está sem senso crítico das experiências que gera aos que pegam carona com ele. Seria ele parte de uma geração que se mede por “Like” e “Dislike”?
O mais bizarro foi receber um WhatsApp do rapaz, inquirindo-me dos motivos por eu tê-lo dado apenas “Bom” (3 estrelas) e não “Excelente”, na classificação geral da experiência de viagem com ele. Confesso: fiquei chocado com a métrica que ele está medindo a própria vida. A vida imitando a arte?
Achei que era só na ficção que isso ocorreria, mas não. Foi uma (terrível) cópia (mas real) do episódio “Queda Livre” (Nosedive), da Netflix. A trama se passa em uma realidade onde todas as pessoas têm notas atribuídas – de uma a cinco estrelas – e qualquer um pode avaliar o outro; essas notas interferem tanto na vida dos personagens, que até para comprar uma casa, por exemplo, necessitam de um determinado número de estrelas.
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Paremos de nos avaliar por likes, estrelas ou qualquer outra métrica digital, porque somos mais do que personagens virtuais. Somos imperfeitos. Somos humanos! Alguém já passou por situação similar?
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