- Promovido pela GS&MD, uma das empresas que compõe o ecossistema de negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza, evento trará especialistas para discutir oportunidades, desafios e entraves legais deste mercado
- Segundo pesquisa do DataSenado, 75% da população brasileira apoia a autorização para a indústria produzir medicamentos à base da planta da maconha
Da Redação | 22 de outubro de 2019
Mais de 3,9 milhões de pessoas poderiam ser beneficiadas por uma possível liberação do uso medicinal do canabidiol (CBD) e de outros derivados da cannabis pela Anvisa no Brasil. Isso representaria um potencial de negócios de R$ 4,7 bilhões ao ano, segundo estimativas da empresa de dados New Frontier, em parceria com a startup brasileira The Green Hub.
Nesta projeção seriam incluídos itens medicinais, cosméticos, alimentos e bebidas. Em países onde já houve a liberação de uso de substancias derivadas da planta (são 40 no mundo), o mercado ultrapassa os US$ 193 bilhões.
Para tratar deste tema de relevância internacional, e que ganhou força no Congresso Nacional, a GS&MD – Conteúdo e Relacionamento, uma das empresas que compõe o ecossistema de negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza, irá realizar, em 27 de novembro, o Cannabusiness Summit, um evento exclusivo, em que serão abordados tópicos como o funcionamento da legalização medicinal, os possíveis impactos desse novo passo para o país e as grandes questões que o envolvem. O encontro será na Casa Natura Musical.
Marcelo Toledo, CEO da GS&MD, explica que o objetivo é focar no nicho medicinal e colaborar no desenvolvimento de um mercado que pode trazer produtos para melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.
“Alguns países mais liberais já adotaram políticas públicas para compatibilizar o interesse entre o consumidor e os fornecedores. O nosso recorte é exclusivamente medicinal e aí, basicamente, o que estamos falando são pacientes e médicos”. Uma discussão acerca do mercado da cannabis já foi promovida no LATAM Retail Show, em agosto.
Com a temática “O potencial mercado da cannabis no Brasil: oportunidades, regulamentação e modelos de negócios”, o Cannabusiness Summit surge especificamente com esse fim e vai esclarecer pontos como economia, legislação, benefícios e oportunidades desse mercado.
“A febre mundial sobre o assunto da cannabis é hoje uma das principais coqueluches do mundo”, complementa Toledo. O evento é pensado para profissionais dos setores de alimentos e bebidas, indústrias farmacêuticas, de cosméticos e têxteis, hospitais, planos de assistência, laboratórios, construtoras, fundos de investimentos, marketplaces, escritórios de advocacia e startups voltadas à saúde e ao bem estar.
Sob diferentes óticas, entre os palestrantes que abordarão o potencial do mercado estão, Gabriela G. Cezar, CEO & Principal Partner da Panarea Partners Inc.; José Bacellar, um dos criadores da startup Verdemed Greenfield Global Opportunities; Roberto Ferreira Martins, da XVV Advogados; e André Steiner, CEO da White Cloud Montain.
Para mediar os debates foi confirmada a presença de Viviane Sedola, CEO e fundadora da Dr. Cannabis. Considerada a liderança feminina de cannabis no Brasil, Viviane lidera o mercado digital focado em tornar o tratamento legal – com foco medicinal – mais acessível e gerar dados a partir de uma comunidade colaborativa de médicos e pacientes.
Para Marcos Gouvêa de Souza, fundador e diretor-geral do Grupo GS& Gouvêa de Souza, o Cannabusiness Summit traz uma grande oportunidade, inclusive de esclarecimentos.
“Há ainda há muitas dúvidas em relação à cannabis. Nosso objetivo é tornar tudo mais claro e mostrar o enorme potencial deste mercado que já começa a dar seus passos no Brasil e gerar, além de ganhos para economia, benefícios para milhões de pessoas, já que existe um apelo muito grande do consumidor que busca remédios desenvolvidos com base no canabidiol”, destaca.
Cannabis Medicinal e Mercados
Vão estar na agenda de discussões a cannabis medicinal e o que é preciso para atuar neste mercado em potencial; como funciona a liberação para fins médicos e as diferenças em relação ao uso recreativo; possíveis produtos, diferenças entre itens sintéticos e naturais, modelos de negócios, startups, dentre outros.
O Cannabusiness Summit nasce como uma oportunidade para que os participantes compartilhem conhecimento e formem negócios entre organizações que possuem potencial para atuar em um possível mercado de produtos e serviços baseados na cannabis medicinal, no Brasil e na América Latina. Será possível explorar os caminhos de transformação dos ecossistemas do negócio, compreender a atuação dos diferentes segmentos e saber quais os valores estimados dos setores dentro deste mercado.
O acesso ao tratamento medicinal à base de canabidiol, uma das substâncias que compõem a cannabis, pode trazer uma série de benefícios à saúde.
“Queremos falar do potencial de mercado para atender o paciente que tem doenças que o CBD não consegue curar, mas pode ajudar no tratamento dos sintomas e proporcionar uma qualidade de vida muito superior para quem é portador. Algumas superimportantes são: epilepsia, Alzheimer, Parkinson, depressão, artroses e mais outras”, explica Toledo.
Toledo explicou que a cannabis possui um grande potencial econômico. Ela envolve a agricultura, incluindo desde o beneficiamento da semente até o cultivo, passando por todos os fornecedores da cadeia (maquinário, fertilizantes, etc). Mas não é só isso. Há ainda o processo de transformação das flores da cannabis em óleo, que conta com indústrias especializadas e a produção de medicamentos, cosméticos, alimentos e muito mais, que envolve outras indústrias.
“A hora em que se chega nesses produtos finais, vamos para a outra área da cadeia que é a distribuição, como que eles chegam até o consumidor final. E isso inevitavelmente vai passar pelo varejo”, esclareceu. “Hoje a legislação, naquilo que está estruturado em termos de regulamentação, já está bastante avançado. A expectativa é que até novembro nós tenhamos a liberação da venda, onde as pessoas vão poder comprar o CBD aqui no país”, adiantou o executivo.
Entre as entidades apoiadoras do evento estão A Empreendedora, Associção Brasileira de Cosmetologia (ABC), Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), ABIHPEC, Amigos Múltiplos, Analítica Farma, FCE Cosmetique, FCEPharma, Green Science Times, Cultura Empreendedora, Business Watching, NanoLegal, Panorama Farmacêutico, PFarma, Portal Vida no Campo e Sechat.
Legalização
Uma pesquisa realizada pelo DataSenado revela a percepção do brasileiro sobre medicamentos à base da planta da maconha. De acordo com o levantamento, 57% dos brasileiros são a favor da legalização da maconha para fins medicinais, sendo que 9% declararam-se ainda a favor da liberação para qualquer fim; os outros 48% são a favor da legalização exclusivamente para uso medicinal e, na opinião de 42%, a substância deve continuar totalmente proibida, como é hoje.
A pesquisa foi realizada em todos os estados brasileiros, no período de 6 de junho a 7 de julho, com 1.106 pessoas de 16 anos ou mais. Os dados foram coletados pelo Alô Senado por meio de entrevistas telefônicas. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Uso medicinal
A Cannabis é uma planta que possui uma série de compostos, chamados canabinoides. Os principais são o canabidiol (CBD) e tetra-hidrocanabinol (THC), que geralmente constam em maiores concentrações. O CBD possui diversas possibilidades terapêuticas, sendo utilizado no tratamento de doenças como a epilepsia infantil refratária.
No Brasil, a importação de medicamentos à base de canabidiol e outros canabinoides para uso pessoal já é permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2015. Desde então, mais de 78 mil produtos à base da planta foram trazidos do exterior.
Dados obtidos junto à Anvisa pela Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD), uma rede de organizações não-governamentais que discute o tema, mostram ainda que cerca de 4.500 pacientes obtiveram a permissão para importar os canabinoides e 800 médicos foram habilitados a prescrevê-los – o Brasil atualmente possui 452 mil profissionais registrados na Federação Nacional dos Médicos.
A Anvisa está realizando consultas públicas relacionadas à regulamentação do cultivo controlado de Cannabis sativa para uso medicinal e científico e do registro de medicamentos produzidos com princípios ativos da planta. As propostas foram produzidas a partir de estudos e evidências científicas sobre o benefício terapêutico de medicamentos feitos à base da planta.
GS&MD RELACIONAMENTO E CONTEÚDO
Empresa do Grupo GS& Gouvêa de Souza responsável pelas plataformas de geração de negócios, relacionamento, conteúdo e conhecimento de alto nível para ajudar empresas de todos os segmentos a desenvolver as melhores estratégias de atuação no mercado de varejo e consumo.
Com eventos exclusivos, como o Latam Retail Show, além de study tours nos mercados mais inovadores do Brasil, Estados Unidos e Europa e programas de imersão rumo aos mais importantes eventos do setor, como NRF Retail´s Big Show, Euroshop, NRA Show e Web Summit, entre outros, para trazer insights, tendências e conhecimentos práticos que contribuem para a expansão e o amadurecimento das principais empresas do país e, consequentemente, do mercado varejista brasileiro.
GRUPO GS& GOUVÊA DE SOUZA
Desde 1989, o Grupo GS& Gouvêa de Souza contribui para a expansão e a transformação do mercado nacional e internacional, com uma plataforma estratégica formada por um virtuoso ecossistema de negócios, que tem como principal objetivo aplicar, desenvolver, inovar, analisar e agregar valor a setores ligados ao varejo, consumo, e-commerce, franchising, shopping center e foodservice, por meio de produtos e serviços que só pode oferecer quem tem dirigentes, executivos e profissionais especializados no assunto.
SERVIÇO – CANNABUSINESS SUMMIT
Data: 27 de novembro de 2019
Horário: 9h às 17h
Local: Casa Natura Musical – Rua Artur Azevedo, 2.134 – São Paulo, SP
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